Telefônica anuncia fim de pirataria com “SkyGato” - 24-11-2009

Aparelhos como AZBox, MaxFly e similares devem parar de receber o sinal de TV por assinatura a partir da próxima quarta-feira, 25.
O anúncio é feito pela operadora Telefônica que pretende acabar com a “SkyGato”, ou seja, a pirataria no setor.
Com a compra de aparelhos (AZBox/MaxFly) que custam em média entre R$ 400,00 e R$ 600,00, assinantes em todo o país ilegalmente têm acesso a cerca de 300 canais de TV sem o pagamento de mensalidade alguma. Já a mensalidade de um serviço legal chega a custar R$ 229 por mês.
Somente no Rio de Janeiro, números do final do ano passado davam conta de que a pirataria na televisão por assinatura atingia um milhão de assinantes, contra os 749 mil assinantes das operações autorizadas. Segundo a Associação Brasileira de TV por Assinatura, os campeões nacionais da pirataria são Dourados (MS), Rondonópolis (MT), além das paranaenses Foz do Iguaçu e Cascavel.
Tal situação acontece em função da proximidade daquelas cidades com o Paraguai, local de origem dos aparelhos receptores. Alguns operadores pequenos do Paraná e Minas Gerais estimam que mais de 60 mil caixas AZBox entraram ilegalmente no Brasil.
Para dar fim à pirataria, a Telefônica pretende efetuar a troca dos cartões de acesso condicional dos decodificadores. Vale lembrar, a codificação da operadora para toda a América Latina foi quebrada há mais de um ano, de modo que os sinais podem ser livremente recebidos por caixas piratas como o AZBox e similares.
Os equipamentos de recepção por satélite são vendidos em sites e lojas de eletrônicos e, uma vez carregados com algoritmos de encriptação disponíveis na internet, as caixas piratas são capaz de receber os canais do DTH da Telefônica.
Com a troca dos cartões, o acesso condicional atual deve ser desligado, juntamente com a base pirata. Segundo a operadora, os cartões antigos vão funcionar até o dia 25 de novembro de 2009.
Para que continuem recebendo o sinal de TV, os assinantes devem agendar com a operadora a visita de um técnico, que fará a troca dos cartões.
ImageA troca seria inicada por assinantes dos pacotes mais completos, o que indica que o primeiro alvo da Telefônica será cortar o sinal, na codificação quebrada, dos assinantes que têm os conteúdos Globosat, sobretudo o pay-per-view do futebol, cuja possibilidade de recepção "gratuita" é o principal argumento de venda das caixas clandestinas.
Fonte: Revelia