Professora é afastada após colar adesivos na boca de crianças em Matinhos
De acordo com a Polícia Civil (PC-PR), em boletim de ocorrência registrado pela mãe de uma das crianças, pelo menos cinco alunos da mesma classe, com idades em torno de 6 anos, contaram aos pais que tiveram suas bocas coladas com a fita "por estarem conversando".
De acordo com a denúncia, o caso aconteceu no dia 21 de fevereiro. Segundo uma mãe, que prefere não se identificar, naquele dia estava chovendo e a escola autorizou buscar os filhos na porta da sala de aula.
Ainda conforme a mulher, quando encontrou o filho, ele estava com uma fita colada no braço. "E ele falou assim: 'mãe, eu vou tirar essa fita que tá me incomodando', tava no bracinho dele. Eu falei: 'filho, o que essa fita ta fazendo no seu braço?' e ele falou: 'mãe, a profe colou na minha boca'", disse.
A polícia informou que ouviu sete pessoas e realizou um termo circunstanciado que foi encaminhado à Justiça.
O secretário de educação, Mario Braga, disse que, após a denúncia dos pais, instruiu para que eles fossem até o prédio da prefeitura de Matinhos, no setor de ouvidoria, para formalizar a denúncia.
Ele disse que também ouviram a versão da professora. "Resolvemos tomar um ato administrativo substituindo a professora regente desta turma para que os fatos sejam apurados e esclarecidos", disse.
Depois, em nota, a Secretaria de Educação de Matinhos informou que afastou a professora e instaurou um processo administrativo para apurar os fatos. Disse ainda que não compactua com nenhuma forma de violência.
Em nota, o Ministério Público do Paraná (MP-PR) disse que, diante da denúncia, abriu um Procedimento Administrativo, na 1ª Promotoria de Justiça, para apurar a conduta da professora, bem como identificar se estão sendo tomadas medidas para apurar a eventual responsabilização administrativa e criminal. O caso tramita em sigilo.
"A rede de proteção à criança e adolescente também será articulada, com a finalidade de prestar atendimento adequado aos alunos envolvidos, zelando pelo seu bem-estar, respeito aos seus direitos, e, principalmente, visando que sejam adotadas providências para que situações semelhantes não voltem a ocorrer", afirmou o órgão.
Com informações do G1.