Impacto do pedágio no agronegócio do Norte Pioneiro é discutido em audiência pública em Cornélio Procópio

Os pedágios mais caros do Paraná estão no Norte Pioneiro. Na praça de Jataizinho, o preço chega a R$ 26,40. A tarifa na praça de Jacarezinho custa R$ 24,40. Os altos valores têm impactos profundos na produção agrícola da região, que influencia no desenvolvimento social e econômico dos municípios.
Esta foi à grande queixa dos representantes do agronegócio e da sociedade civil organizada de Cornélio Procópio, durante a audiência pública realizada no município pela Frente Parlamentar sobre os Pedágios da Assembleia Legislativa do Paraná na sexta-feira (12). O encontro reuniu deputados e representantes de diferentes setores da sociedade contra a nova modelagem de concessões rodoviárias proposta pelo Governo Federal.
É unanimidade entre os participantes de que o modelo de leilão híbrido de outorga onerosa é prejudicial para a região. O prefeito de Cornélio Procópio e presidente da Associação dos Municípios do Norte do Paraná (AMUNOP), Amin José Hannouche, explicou que a região foi penalizada durante 24 anos com os preços praticados na região.
Já o presidente da Associação dos Municípios do Norte Pioneiro (AMUNORPI) e prefeito de Carlópolis, Hiroshi Kubo, afirmou que as tarifas travaram o desenvolvimento do agronegócio regional.
O modelo proposto pelo Governo Federal prevê um investimento de R$ 42 bilhões nos 30 anos de concessão. Serão implementadas 42 duas praças de pedágio divididas em seis lotes, em uma extensão de mais de 3,3 mil quilômetros de rodovias pedagiadas. A Taxa Interna de Retorno (TIR) regulatória adotada é de 8,47%. A TIR é um método utilizado para análise de viabilidade de projetos de investimento.
Com a nova modelagem, estão previstas 15 novas praças de pedágio, sendo quatro no Oeste, três no Sudoeste, três no Noroeste, duas no Norte e três no Norte Pioneiro. Quatro das dez praças de pedágio mais caras do Brasil estão no Paraná. Além disso, muitas obras previstas até o final do atual contrato não foram realizadas ou foram suprimidas, como duplicações de rodovias e construção de trevos e contornos. Para os deputados da Frente Parlamentar, três critérios deverão ser adotados na nova modelagem de concessão: menor preço, mais obras e em menos tempo. (Fonte: Assembleia Legislativa do Paraná)