Estado investe em inteligência para reforçar ações de combate a corrupção no Paraná

O combate à corrupção desenvolvido pelo Governo do Paraná, por meio da Controladoria-Geral do Estado (CGE), está baseado num completo cruzamento de informações de vários bancos de dados, para subsidiar auditorias e o trabalho da Corregedoria do Estado.
O resultado foi evitar gastos de R$ 32 milhões em compras. Resultado também pode ser visto na investigação e abertura de processo contra cinco concessionárias de pedágio e em parcerias com órgãos de controle externo.
Só neste ano, o Observatório da Despesa Pública, vinculado à Diretoria de Inteligência e Informações Estratégicas, da CGE, cruzou registros de cerca de mil empresas e dos respectivos quadros societários. Esse trabalho identifica vínculos entre empresas e servidores e entre licitantes, além da legalidade de fornecedores quanto a endereço e classificação de atividade econômica.
A Controlador-Geral do Estado criou essa diretoria, que também engloba a Corregedoria do Estado, para consolidar o uso da tecnologia e inovação no combate à corrupção.
O controlador-geral, Raul Siqueira, completa que o Projeto Harpia, que está sendo desenhado junto com a CELEPAR, vai potencializar o controle das contas públicas, pois emitirá alerta em cada etapa de processo licitatório, caso haja desconformidade legal.
“Temos ferramentas que nos permitem descobrir se está ocorrendo direcionamento de licitação, quer por envolvimento de servidores quer por formação de conluio entre as empresas. Esse é apenas um exemplo das possibilidades de pesquisa e cruzamento de dados”, detalhou Siqueira.
Atualmente, o setor responsável tem autonomia para, por exemplo, verificar rodízio entre licitantes, sócios comuns, superfaturamento e aumento de capital de empresas e servidores. Também faz mensalmente auditoria da Folha de Pagamento do Estado e parcerias com a Controladoria-Geral da União (CGU) e com o Tribunal de Contas, do Estado e da União. (Agência Estadual de Notícias)