Debate sobre cassinos no Brasil avança em Brasília

A discussão sobre a liberação dos cassinos online no Brasil tem avançado de maneira significativa no Congresso Nacional. Parlamentares das mais distintas matizes ideológicas têm se manifestado a favor de uma nova legislação para o setor, abrangendo também os cassinos físicos, instalados em hotéis ou ainda em prédios específicos para a realização dos jogos de azar.
Desde o início do ano, as movimentações na capital federal buscam articular apoio entre a classe política para que um projeto de lei possa tramitar no Congresso e legalizar uma prática que já é totalmente disseminada entre os brasileiras, mas que segue marginalizada da legislatura. Segundo levantamento do Instituto Paraná Pesquisas, 58% da população brasileira é favorável à liberação do jogo no Brasil e 35,1% é contra. 6,9% não souberam responder.
A proibição dos jogos de azar no Brasil foi estabelecida em 30 de abril de 1946, por meio do decreto-lei 9.215, assinado pelo Presidente Eurico Gaspar Dutra. De acordo com relatos da época, o último jogo legal de roleta no Brasil foi realizado no Copacabana Palace. Cassinos clandestinos foram abertos, mas a ilegalidade afasta clientes brasileiros, que preferem gastar seu dinheiro em locais cuja prática é liberada, como nas cidades de Punta del Este, no Uruguai, e Las Vegas, nos EUA.
Esse, aliás, é um dos problemas pela ausência de legalização no Brasil. O país deixa de arrecadar polpudas quantias referentes não só ao consumo da clientela, mas também dos tributos que poderiam ser cobrados para que empresas, nacionais e estrangeiras, pudessem explorar tal mercado em terras canarinhas.
Parte da classe política também identifica que a liberação dos jogos de azar poderia ajudar a economia brasileira, altamente combalida pela pandemia do novo coronavírus. Com a diminuição na circulação de pessoas e a queda no consumo, o Ministério da Economia procura formas para aumentar a arrecadação e incrementar programas sociais de ajuda à população, como o auxílio emergencial e o Bolsa Família. (O Paraná)