Apreensão de drogas com uso de cães da PM aumenta em quase 1.000% no Paraná

A estratégia da Polícia Militar do Paraná de ampliar o uso de cães em operações contra drogas e armas resultou em aumento de apreensões de ilícitos nos últimos meses. Segundo a Companhia de Operações com Cães (COC), do Batalhão de Operações Especiais (BOPE), 79,8 toneladas de drogas e 234 armas de fogo foram apreendidas nos últimos 16 meses.
Em 2020 o total de apreensão de drogas com uso de cães foi de 59,9 toneladas, o que representou aumento de 969% em relação a 2019, quando foram registradas 5,6 toneladas. Nos primeiros quatro meses de 2021, as operações que contaram com o auxílio dos cães apreenderam 14,3 toneladas de drogas, ou seja, 8,7 toneladas a mais que o ano todo de 2019.
Em relação a armas de fogo o número também cresceu nas operações com cães. Em 2020 houve 186 apreensões, contra 141 efetuadas em 2019. De janeiro a abril de 2021 foram 48 armas apreendidas – quase um quarto do total do ano anterior.
Atualmente, a Polícia Militar tem 168 cães operando no Paraná. A maioria é da raça Pastor Belga, mas há também Labradores Retriever, Gold Retriever e Blooddhoun, cada raça com sua funcionalidade específica, para aprimorar ainda mais as operações policiais. Dentre elas estão o faro de drogas, o faro de armas de uso exclusivo, a busca e captura de pessoas e também o patrulhamento.
A utilização de cães de faro é específica em certas ações policiais e necessita de adestramento especial e de uma disciplina aos animais.
Dentre as atividades em que os cães policiais são empregados, a busca por pessoas desaparecidas ou foragidas da justiça também têm maior eficácia.
Em atividades dos cães no Corpo de Bombeiros, estes foram essenciais em 20 buscas realizadas e que tiveram o resultado positivo em 2020. O Grupo de Operações de Socorro Tático (GOST), por exemplo, executou 22 buscas, sendo que 14 delas foram exitosas. O terceiro Grupamento de Bombeiros (3º GB) teve sete buscas, duas com êxito.
Os cães também são muito aplicados em operações policiais como barreiras e blitzes, em abordagem a veículos e ônibus de viagem, com o intuito de localizar drogas ou armas que estejam sendo transportados por pessoas em seus corpos ou em malas e mochilas. Este tipo de ação, aconteceu, por exemplo, na Operação Verão Consciente, em cidades do Litoral paranaense, que contou cães em pontos estratégicos para impedir o tráfico nas praias.
Os cães policiais precisam de 18 meses de treinamento para estarem aptos ao serviço policial. Há os que são treinados especialmente para a busca e faro de entorpecentes. Neste caso, o treinamento começa quando o animal ainda é filhote.
Após o período de serviço à Polícia Militar, que dura entre seis e oito anos, o cão fica disponível para adoção. Geralmente o policial condutor do cão, que trabalhou com ele por último nas operações, adota o animal. (PMPR)