Suspeito de ser serial killer de homossexuais é preso em Curitiba

O delegado Tiago Nóbrega disse em entrevista coletiva, na manhã de sábado (29), que o suspeito de ser o serial killer responsável pela morte de três jovens gays, dois em Curitiba e um em Abelardo da Luz (SC), confessou os crimes pelos quais é acusado e que queria fazer uma nova vítima por semana. Ele ainda teria dito em depoimento à polícia que escolhia homossexuais por serem mais “fáceis”. José Tiago Correia Soroka, de 33 anos, foi preso pela Polícia Civil no quarto de uma pensão, no bairro Capão Raso, em Curitiba.
A prisão aconteceu por volta das 6h da manhã de sábado. Soroka estaria dormindo no momento da chegada dos policiais e não resistiu às ordens da equipe. Ele foi encaminhado para a Delegacia de Homicídios (DHPP), onde foi interrogado pelos investigadores.
O suspeito teria dito aos policiais que assumirá a responsabilidade apenas por aqueles crimes que já são de conhecimento da investigação. Haveriam outros crimes em seu histórico, mas ele não quis comentar sobre eles, apenas confirmou que as vítimas também eram homossexuais.
Ele assumiu a autoria dos assassinatos de David Júnior Alves Levisio, no dia 27 de abril, e de Marco Vinício Bozzana da Fonseca, no dia 4 de maio, ambos na capital paranaense. Além da morte de Robson Olivino Paim, no dia 16 de abril, em Abelardo da Luz (SC), e da tentativa de homicídio no dia 11 de maio, no bairro Bigorrilho, também em Curitiba. Na ocasião, a vítima conseguiu resistir ao ataque, mas teve alguns bens subtraídos.
Geralmente, as vítimas e o suspeito se conheciam por meio de aplicativos de relacionamento. A única exceção teria sido Paim, com quem o serial killer teve um encontro presencial em uma praça pública da cidade catarinense, onde vive a família do acusado.
O interrogado contou também que conseguia fazer de R$ 4 mil a R$ 6 mil reais com a venda de objetos que roubava a cada nova vítima e que teria se sustentado nos últimos meses com esse dinheiro. Os valores seriam gastos rapidamente com coisas supérfluas e cocaína, e por isso ele teria em mente executar um novo crime do gênero toda semana.
O acusado já teria sido preso após envolvimento em roubos e pelo uso de moedas falsas. No quarto onde ele foi encontrado, a polícia apreendeu um celular, roupas e outros pertences pessoas; não haviam drogas e nenhum outro objeto de valor. Ele permanece preso na delegacia. (Banda B)