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Médicos do Paraná pedem isolamento de 70% da população para evitar que falte atendimento de pacientes de Covid-19

Por Redação Anuncifacil -

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O Sindicato dos Médicos no Estado do Paraná (SIMEPAR) publicou uma carta endereçada aos gestores municipais e governo estadual pedindo medidas para tentar conter o avanço do coronavírus.

Entre as medidas sugeridas estão o isolamento social de 70% da população e imunização de pelo menos 30% da população. Para tal, os médicos sugerem que o governo estadual edite um novo decreto com restrição às atividades não essenciais.

Na opinião do sindicato, devem ser evitadas atividades presenciais como aulas nas escolas públicas e privadas, cultos religiosos, shows, cinemas, eventos esportivos e outros.

Na opinião dos médicos e médicas, o ideal neste momento seria a implementação de um ‘lockdown’ que proporcionasse o índice de isolamento social de 70% da população. Sobre a imunização por vacina, é urgente que se atinja a imunização de 30% da população, evoluindo progressivamente para até 90% na medida em que as vacinas sejam disponibilizadas.

As regras de isolamento devem incluir critérios rígidos de lotação dos transportes públicos. É muito importante que os ônibus circulem com a lotação reduzida, com os passageiros todos sentados. Ônibus lotados são locais altamente propícios para a proliferação do vírus e para o contágio da população.

"Medidas de restrição de circulação de pessoas devem ser adotadas conjuntamente pelos municípios que integram as regiões metropolitanas do Estado. De pouco adianta uma cidade adotar medidas restritivas se o município vizinho não adotar medidas semelhantes", reiteram os profissionais via nota do SIMEPAR.

Na nota, o SIMEPAR afirma que desde o início da pandemia, o número de leitos de terapia intensiva (UTIs) foi duplicado, mas ainda faltam leitos de UTI e de enfermaria.

O documento ainda sugere que para que seja possível ampliar ainda mais o atendimento e evitar que pacientes venham a óbito sem a devida acolhida,sendo  essencial que sejam implementadas ações de capacitação de profissionais médicos intensivistas, fisioterapeutas, e de enfermagem para que as equipes possam prestar o melhor atendimento possível.

Nos casos de deslocamento de pacientes, é importante que haja centros regionais de referência, evitando ao máximo os deslocamentos em grandes distâncias pois eles aumentam os riscos de agravamento do quadro dos pacientes, além de ocupar equipes inteiras de profissionais durante os períodos de translado.

O Sindicato também reivindica a distribuição de auxílio emergencial pelos municípios para atender as pessoas mais carentes, evitando que essas pessoas tenham que romper o isolamento social para sair em busca do sustento.

Segundo o vice-presidente do SIMEPAR, Marlus Volney de Morais, estamos vivendo uma emergência sanitária sem precedentes. Dela surgiu a emergência humanitária e consequentemente uma crise econômica.

“Não há como tentar resolver a crise econômica sem superar a emergência sanitária e humanitária. Resumindo: não existe economia sem a vida das pessoas.” Completou. (Bem Paraná)